
30 Março 2018 | 12h24
MIAMI - A mulher de Omar Mateen, autor do massacre em uma casa noturna voltada para o público LGBT em Orlando, que deixou 49 mortos em 2016, foi declarada “não culpada” nesta sexta-feira, 30, de cumplicidade no pior atentado terrorista nos EUA desde 11 de setembro de 2001, segundo a imprensa local.
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Noor Salman, de 31 anos, era acusada de obstrução da justiça e cumplicidade no ataque em nome do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) conduzido por seu marido à boate Pulse, no dia 12 de junho de 2016. A ação deixou cerca de 500 feridos e Mateen foi morto pela polícia.
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“Fez-se justiça”, disse o advogado de defesa, Charles Swift, de acordo com uma emissora afiliada da CBS. Os 12 membros do júri começaram a debater na tarde de quarta-feira sobre o julgamento que começou no dia 3 em um tribunal de Orlando, na Flórida.
A defesa argumentou que Noor tem um baixo coeficiente intelectual, é infantil e estava dominada por um marido abusivo. Também afirmou que a confissão que ela fez ao FBI no dia do ataque, na qual admitiu que sabia que Mateen iria realizar o ataque, foi feita sob coerção do agente que a interrogou.
“Por que Omar Mateen iria confiar em Noor, uma mulher que ele claramente não respeitava?”, questionou a advogada Linda Moreno aos jurados em sua alegação final na quarta-feira, de acordo com o jornal Orlando Sentinel. “Ela não era sua companheira, não era sua confidente.”
Durante o julgamento, foi revelado que Omar Mateen, na realidade, queria atacar a Disney - o principal parque temático da cidade - ao esconder uma arma em um carrinho de bebê, mas desistiu em razão da grande quantidade de policiais que estavam no local naquele dia. / AFP
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