
29 de março de 2010 | 09h13
A primeira explosão ocorreu na estação Lubyanka, na região central de Moscou, às 7h56 locais. A estação situa-se logo abaixo da sede do FSB, organismo que sucedeu a KGB após o colapso da União Soviética. Cerca de 45 minutos depois, uma segunda explosão atingiu a estação Parque Kultury, próxima do Parque Gorky.
Serguei Shoigu, ministro russo de Situações de Emergência, informou que 37 pessoas morreram e 102 ficaram feridas, sem fornecer detalhes mais precisos sobre a cifra de vítimas em cada uma das estações, segundo agências locais de notícias. "Eu ouvi uma explosão. Quando olhei pro lado vi fumaça por toda a parte. As pessoas corriam em pânico para as saídas", relatou Alexander Vakulov, de 24 anos, que estava na plataforma oposta à da explosão na estação Parque Kultury.
"Nós continuamos a combater o terrorismo até o fim e não iremos nos dobrar", prometeu o presidente Medvedev. Rebeldes islâmicos em busca de independência atuam na região do Cáucaso desde a primeira metade da década de 1990, em especial na região da Chechênia e em suas adjacências. Em visita oficial à Sibéria, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, era mantido informado sobre os desdobramentos, segundo a mídia local.
A capital russa não era alvo de um ataque extremista desde agosto de 2004, quando dez pessoas morreram em frente a uma estação de metrô. Na ocasião, o atentado foi reivindicado por rebeldes chechenos. As explosões de hoje praticamente pararam o centro de Moscou enquanto ambulâncias eram enviadas às estações atacadas. O metrô da capital do país é um dos mais movimentados do mundo. Diariamente, 7 milhões de passageiros em média utilizam os trens da cidade.
Encontrou algum erro? Entre em contato