Multidões tomam ruas do Iêmen para exigir renúncia do presidente

Ali Abdullah Saleh está ba Arábia Saudita recebendo tratamento, mas ainda sofre pressão da oposição

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Atualização:

SANAA - Centenas de milhares de manifestantes iemenitas voltaram às ruas da capital Sanaa e das maiores cidades do país nesta sexta-feira, 12, pedindo a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh. De jejum por causa do ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos multidões gritaram slogans contra Saleh, que permanece na Arábia Saudita.

 

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Um dos manifestantes, Gamal Gaber, disse que ninguém deixará as passeatas até que Saleh "seja derrubado, bem como todos em seu governo". Enquanto isso, milhares de partidários de Saleh se reuniram para as preces em uma mesquita próxima ao palácio presidencial em Sanaa.

 

Saleh está na Arábia Saudita, onde se recupera de uma tentativa de assassinato ocorrida em junho. Ele se mantém aferrado ao poder, apesar dos seis meses de protestos em massa e da morte de mais de 150 manifestantes pelas forças de segurança.

 

Morte de soldado

 

A agência estatal do país informou também nesta sexta que atiradores atacaram uma patrulha militar na cidade de Taiz, no sul do Iêmen, matando um soldado. O episódio simboliza uma retomada dos confrontos entre legalistas e opositores do presidente Saleh.

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A agência chamou os agressores de "elementos anárquicos, corruptos", sem especificar suas identidades. Dois outros soldados ficaram feridos, disse a agência.

 

Os protestos em Taiz, situada a 200 quilômetros da capital Sanaa, dividiram a cidade em partes controladas pelas tropas do governo e partes controladas pelas forças tribais, que querem a renúncia do presidente e apoiam os manifestantes pró-democracia.

 

Texto corrigido às 15h46

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