Nº de mortos por inundações em Moçambique deve chegar a 1 mil, estima presidente

Equipes de resgate têm enfrentado dificuldades para avaliar a devastação causada pelo ciclone Idai, que chegou do Oceano Índico com ventos de até 170 km/h

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Por Redação
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Além da destruição causada em Moçambique, o ciclone também atingiu oZimbábuee oMalaui. Foto: Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho / Reuters

JOHANESBURGO - O número de pessoas mortas em Moçambique por fortes tempestades e inundações no sudeste da África pode chegar a até 1 mil, estima o presidente do país, Filipe Nyusi, que sobrevoou a área na segunda-feira. A Cruz Vermelha reforçou nesta terça, 19, a declaração dele e confirmou que o número de corpos deve ser maior do que o divulgado até então.

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As equipes de resgate têm enfrentado dificuldades para avaliar a devastação causada pelo ciclone Idai, que chegou do Oceano Índico com ventos de até 170 km/h no último fim de semana. Além da destruição causada em Moçambique, o ciclone também atingiu o Zimbábue e o Malaui.

A contagem oficial de mortos em Moçambique é de 84. Outras 98 pessoas morreram no Zimbábue, onde há ao menos 200 desaparecidas. A tempestade atingiu a região próxima ao porto de Beira, em Moçambique, e inundou enormes áreas do local, destruindo estradas e redes de comunicações em todo território.

As equipes de resgate têm enfrentado dificuldades para avaliar a devastação causada pelo ciclone Idai, que chegou do Oceano Índico com ventos de até 170 km/h no último fim de semana Foto: Aaron Ufumeli / EFE

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho publicou na internet imagens de drones que mostram prédios no assentamento costeiro da Praia Nova, fora de Beira, danificados por ventos da tempestade.

“Estamos trabalhando com a Nasa e a Agência Espacial Europeia para obter informações de satélite e ter uma visão completa das áreas afetadas e do número de pessoas presas lá”, disse Caroline Haga, da Federação Internacional. “Em razão do tamanho dessas áreas, esperamos que o número de mortes aumente significativamente.”

As pessoas ainda estão presas nas áreas mais elevadas do país, disse Gerald Bourke, do Programa Mundial de Alimentos da ONU. “Não temos dados claros sobre o número de mortes, mas estamos olhando para áreas enormes que estão debaixo d’água”, afirmou. / Reuters

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