11 de dezembro de 2009 | 09h42
Astiz era uma das estrelas da Esma, já que as missões mais complexas eram encomendadas ao jovem oficial pela alta hierarquia militar. A estimativa é que 5 mil prisioneiros civis passaram por lá, dos quais sobreviveram menos de 170. Cerca de 280 testemunhas comparecerão ao tribunal, em um julgamento que, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, poderia se prolongar por um período de seis meses a um ano.
O ex-capitão, requerido por vários tribunais na Europa, é considerado um dos membros da ditadura com o perfil psicológico mais intrincado. "Ele tinha absoluta certeza de que estava destinado a grandes missões em sua vida", disse Miriam Lewin, ex-prisioneira de Astiz. O ex-capitão ainda foi responsável pelo assassinato de três fundadoras do grupo Mães da Praça de Maio, entre elas, Azucena Villaflor.
Entre os outros ex-militares que serão julgados estão Alfredo Donda Tigel - que sequestrou o próprio irmão e a cunhada, os assassinou e ficou com suas filhas -, e Jorge "El Tigre" Acosta, famoso por estuprar as prisioneiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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