Na Áustria, jovens raptadas passaram até 24 anos sem ver a luz do dia

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Por Ap
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Em maio de 2008, o mundo ficou chocado ao conhecer a história de Elisabeth Fritzl, de 43 anos, que passou 24 anos trancada no porão de sua casa em Amstetten, Áustria, presa e estuprada repetidamente pelo próprio pai. Da relação, nasceram sete filhos - um deles morreu logo após o parto. Tudo começou quando Elisabeth tinha apenas 11 anos e foi violentada pelo pai, Josef Fritzl. Ela fugiu de casa algumas vezes, mas foi recapturada. Até que em agosto de 1984, Fritzl anestesiou a filha, então com 18 anos, e a trancou no porão. Um ano antes, ele havia transformado o local em um verdadeiro bunker. À família, o austríaco afirmava que a jovem havia fugido para viver com uma seita. Das crianças que Fritzl teve com Elisabeth, três viveram no cativeiro desde o nascimento, sem nunca ver a luz do dia. Os outros três viviam com Fritzl e sua mulher, Rosemarie - que não sabia dos abusos -, e tinham uma vida aparentemente normal. O caso só foi descoberto depois que Kerstin, a filha mais velha de Elisabeth, hoje com 20 anos, foi internada em estado grave. Os médicos desconfiaram de Fritzl por causa da condição de saúde pouco comum da jovem. Declarando-se culpado, Fritzl foi condenado à prisão perpétua. NATASCHA O caso de Jaycee também é semelhante ao da também austríaca Natascha Kampusch, que passou oito anos trancada num cômodo sem janela da casa de seu sequestrador, até conseguir fugir, em agosto de 2006. Natascha, hoje com 21 anos, foi raptada aos 10 anos por um eletricista, que a manteve presa em sua casa na cidade de Strasshof, a 25 quilômetros de Viena. Ao descobrir que Natascha havia escapado, Wolfgang Priklopil, de 44 anos, atirou-se na frente de um trem e morreu.

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