26 de dezembro de 2010 | 00h00
Fundado na década de 90 para combater as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), as AUC acabaram se unindo aos narcotraficantes e praticando os mesmos delitos que os grupos criminosos. Ballero trabalhava para Don Berna (Diego Fernando Murillo, do chefe da Oficina de Envigado e líder do tráfico em Medellín, extraditado para os EUA em 2008),
Pai de dois filhos - um deles se tornou investigador da polícia -, o taxista deixou os paramilitares em 2005, quando aderiu ao programa federal Paz e Reconciliação, que reinsere ex-combatentes na sociedade. Ele diz que se arrepende de ter trabalhado para Don Berna, mas admite que, sem o megatraficante, ele jamais teria conseguido custear a educação dos filhos. "Quando você se dá conta de que está envolvido no paramilitarismo, é tarde demais para sair", afirma.
Ballero diz que nunca pegou em armas. Motorista há 35 anos, ele dirigia um caminhão e era responsável pela logística dos paramilitares, e fazia o transporte de suprimentos de Medellín para os acampamentos de combatentes.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.