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Na Europa e EUA, 59% temem que crise econômia aumente extremismo

Entrevistados acreditam que turbulência financeira trará tumultos e greves ao ocidente; 45% temem maior fanatismo religioso.

Por BBC Brasil
Atualização:

Europeus e americanos temem que a crise econômica produza um aumento em movimentos extremistas no ocidente nos próximos três anos, revelou uma pesquisa realizada pela Harris Interactive em parceria como canal France 24 e o jornal americano International Herald Tribune Ao todo, 6.449 adultos participaram do estudo online, conduzido pela empresa Harris Interactive entre os dias 25 e 31 de março deste ano. A pesquisa foi realizada com pessoas na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Espanha, Itália e Estados Unidos. A maioria dos entrevistados prevê um aumento no número de greves e manifestações, e 50% preveem conflitos nesses protestos (na França, 66%). Muitos dos entrevistados temem imigração em massa em seus países (principalmente na Itália, Grã-Bretanha e Estados Unidos) e um aumento no fanatismo religioso (45% dos participantes). A erosão dos direitos humanos e a perda das liberdades individuais preocupam cerca de 40% dos entrevistados. Baseados nos resultados obtidos, os pesquisadores concluíram que o pessimismo reina no ocidente: grande parte da população prevê que os próximos anos vão trazer desastres no plano pessoal e nacional, aliados a mudanças significativas no âmbito econômico, financeiro ou político. Os entrevistados também foram convidados a apontar um líder político que, em sua opinião, teria potencial para resolver a crise: de acordo com 50%, ele é o presidente americano Barack Obama. A chanceler alemã Angela Merkel foi a segunda colocada, mas apenas 22% dos participantes apostaram na capacidade da alemã. Um total de 40% dos entrevistados, no entanto, disse não acreditar que a crise possa ser resolvida por um líder político. Esse número sobe para 56% na Grã-Bretanha. Insegurança Europeus e americanos também estão preocupados com sua situação pessoal nos próximos três anos. A metade dos participantes compartilha de duas grandes preocupações: perder a aposentadoria e não ser capaz de pagar por tratamentos de saúde (essa preocupação é ainda maior entre italianos e franceses). Outros temores, como o de não conseguir pagar as contas e o medo de perder o emprego foram mencionados por muitos. A maioria dos franceses e dos italianos também se preocupa em não ser mais capaz de alimentar a família. O medo de perder a casa, considerado pelos pesquisadores como uma forma mais extrema de preocupação, aflige um terço de todos os entrevistados, subindo para 50% na Itália e Espanha. Entre os alemães, no entanto, essa preocupação cai para 19%. Quando perguntados se uma coisa como essa (perder a casa) poderia acontecer com eles nos próximos três anos, 32% dos americanos responderam que sim. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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