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Na fronteira, turbulência diplomática causa prejuízo

Por Ruth Costas
Atualização:

Cúcuta, Colômbia - Cúcuta, cidade colombiana a apenas uma ponte de distância de San Cristóbal, já na Venezuela, tentava ontem voltar à rotina apesar da tensão dos últimos dias. "O movimento caiu pelo menos 50% desde que Hugo Chávez anunciou que enviaria tropas para cá", conta María de Rodríguez, de 65 anos, dona de um pequeno armazém cujos principais clientes são venezuelanos. "Somos os que mais sofremos com as medidas radicais de Chávez e a sua rixa com o presidente colombiano". Do lado de lá da ponte, porém, nem sinal das tropas. "Parece que os soldados estão a uma hora daqui", explica outro comerciante, já na Venezuela. Centenas de caminhões foram impedidos de entrar na Venezuela. Pedestres passavam sem problemas pela fronteira, mas os carros que vinham de San Cristóbal eram revistados pela polícia venezuelana. "Temos medo porque a hostilidade de Chávez aumenta e, se houver um conflito real, os primeiros tiros certamente serão disparados aqui", explica a doméstica Blanca Miranda, de 47 anos. Em Santo Antonio, os colombianos estão por toda parte - trabalham em empresas e casas de família e são donos e clientes de pequenos negócios. Por causa da escassez de produtos no país de Chávez, boa parte dos alimentos e roupas que abastecem a cidade vem da Colômbia. TURISTAS LIBERTADOS Ainda ontem, fontes militares disseram que as Farc entregaram à Cruz Vermelha quatro dos seis turistas seqüestrados em 13 de janeiro em Chocó, no noroeste da Colombia. Mas o professor Onshuus Niño Alf e o estudante Jorge Torres continuam em poder dos rebeldes.

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