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Na ONU, Abbas pede pressão internacional por acordo com Israel

Presidente da Autoridade Palestina quer tratado 'definitivo' dentro de nove meses

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Por Redação
Atualização:

NAÇÕES UNIDAS - O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, pediu nesta quinta-feira, 26, durante a Assembleia-Geral da ONU, que a comunidade internacional exerça toda a pressão possível para que as negociações com Israel possam alcançar um acordo de paz "definitivo". Ele afirmou ter o objetivo de alcançar o acordo dentro de nove meses.

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"Nosso objetivo é garantir um acordo permanente e abrangente e um tratado de paz entre o Estado Palestino e Israel que resolva todos os assuntos pendentes e responda à todas as perguntas, o que nos permitirá declarar oficialmente o fim do conflito e das reivindicações", afirmou o líder palestino.

Abbas se disse honrado por estar presente na Assembleia-Geral "pela primeira vez em nome do Estado Palestino" após os 193 membros da organização terem elevado a Palestina como Estado observador no ano passado e pediu uma ação internacional para frear a construção de assentamentos israelenses em solo palestino e pôr fim às expropriações de terras ocupadas.

Para o líder palestino, as conversas diretas com Israel iniciadas em julho deste ano "parecem ser a última oportunidade de conseguir uma paz justa, já que o tempo está se esgotando."

Abbas atribuiu a retomada do diálogo com Israel aos "esforços sem descanso" do presidente americano, Barack Obama, e de seu secretário de Estado, John Kerry, mas afirmou que o processo requer que a comunidade internacional "exerça todo esforço possível para que haja sucesso."

Segundo Abbas, as políticas de guerra, ocupação, assentamentos e muros podem oferecer "tranquilidade temporária", mas não asseguram uma paz sustentável nem podem prevenir "uma explosão inevitável". Ele lembrou que a assinatura, há exatamente vinte anos, dos acordos de paz de Oslo, "deram grande esperança", mas a "intensa construção de assentamentos...violou o espírito do acordo."

Abbas iniciou seu discurso lembrando a "histórica" decisão da Assembleia-Geral de 29 de novembro do ano passado, na qual o status palestino passou a ser de Estado observador da ONU. Neste sentido, insistiu que isso "não procura deslegitimar um Estado membro - Israel - mas consagrar a legitimidade de um Estado que deve existir, a Palestina"./ EFE e AP

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