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Na ONU, Brasil se cala sobre violações de Cuba

Por AE
Atualização:

O Brasil manteve silêncio absoluto na Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à situação dos direitos humanos no Irã, preferiu não questionar a situação em Cuba e nem sequer tomou a palavra para falar durante as sessões da organização dedicadas exclusivamente à Coreia do Norte e Mianmar. Nos últimos dois dias, a ONU tratou de violações em países considerados preocupantes. Mas o Brasil optou pelo silêncio total.No que se refere a Cuba, os governos europeus foram os mais críticos, enquanto Havana alega que não mantém prisioneiros políticos, e sim terroristas. O governo da Noruega prepara uma resolução para pedir que governos deixem de chamar ativistas em direitos humanos de terroristas. Cuba já anunciou que será contra a resolução.Para o representante belga na ONU, Xavier Baert, "o destino dos opositores políticos em Cuba é um problema que não pode ser esquecido". Hedda Samsan, representante holandesa, é outra que atacou Havana. "A situação é deplorável e os prisioneiros de consciência vivem uma situação desesperadora", disse. Eileen Chamberlain Donahoe, representante dos EUA na ONU, acusou Cuba de manter 200 prisioneiros políticos nas cadeias da ilha. "A situação dos prisioneiros políticos em Cuba é uma preocupação", afirmou o representante alemão na ONU, Michael Klepsch.O embaixador de Cuba na ONU, Rodolfo Reyes, contra-atacou. Segundo ele, os governos estavam sendo "hipócritas" ao criticar Havana. "São esses governos que lideram guerras de ocupação contra outros", afirmou.MianmarA política de abstenção constante do Brasil diante de violações de direitos humanos voltará a ser questionada em breve, quando o país abrir sua embaixada em Mianmar, conforme fontes do Itamaraty confirmaram ontem ao jornal O Estado de S. Paulo. A nova representação começaria a funcionar no segundo semestre, coincidindo com o aumento dos questionamentos sobre violações cometidas pelo regime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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