NOVA YORK - O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu em seu discurso na 65ª Assembleia-Geral da ONU que Israel prorrogue a moratória na expansão de assentamentos na Cisjordânia. Ele também defendeu as negociações diretas de paz e pediu apoio da comunidade internacional para a criação de um Estado palestino.
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Radar Global:Acompanhe os discursos na ONUInfográfico: As fronteiras da guerra no Oriente MédioLinha do tempo Idas e vindas das negociações Enquete: Qual a melhor solução para o conflito?Em seu discurso diante da Assembleia Geral da ONU, no qual lançou um emotivo chamado a israelenses e palestinos a aproveitarem a oportunidade de suas conversas diretas para chegar finalmente a um acordo de paz, Obama explicou que essa moratória criou uma diferença no terreno e melhorou a atmosfera nas negociações."Desta vez não deixaremos que o terror, a confusão, os gestos para a plateia ou políticos se interponham. Em 2011 poderemos contar com um acordo que leve a um novo membro da ONU, um Estado palestino que viva em paz com Israel", disse."Do contrário, cairá mais sangre sobre a Terra Santa e ela continuará como símbolo das nossas diferenças ao invés de nossa humanidade comum", afirmou.
Assentamentos
Os EUA relançaram negociações diretas de paz no Oriente Médio no começo do mês. O fim da moratória na expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia, que acaba no domingo, é o maior obstáculo para as negociações.
O governo americano tem pressionado Israel para ampliar a trégua, mas o premiê Benjamin Netanyahu tem resistido até agora, devido ao apoio de partidos de sua base de governo à expansão de colônias.
Retomada
As negociações de paz entre israelenses e palestinos estavam paralisadas desde janeiro de 2009, quando o Estado judeu realizou a Operação Chumbo Fundido na Faixa de Gaza e matou milhares de civis. No início de maio, porém, os lados anunciaram a retomada das conversas, embora nenhum progresso tenha sido feito até agora.
A cisão entre os grupos palestinos também prejudica as negociações. Em 2007, a Autoridade Palestina, facção secular liderada por Mahmoud Abbas, e o Hamas, movimento de resistência islâmica de inspiração religiosa, romperam o governo de coalizão que administrava os territórios palestinos.
Desde então, o Hamas - considerado por Israel e pelos EUA como uma organização terrorista - controla a Faixa de Gaza, e a Autoridade Palestina governa a Cisjordânia. O Hamas se nega a reconhecer o direito de existência de Israel e frequentemente lança foguetes contra o território judeu.
Com Efe