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Na posse de Kirchner, aplausos para Lula e Fidel

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou sua volta de Buenos Aires em uma hora e deverá chegar a Brasília por volta das 21h. No avião de Lula, além da comitiva oficial, que inclui o presidente do Senado e ex-presidente da República José Sarney, embarcaram também o ex-presidente argentino Eduardo Duhalde e sua mulher, Hilda Chiche Duhalde. O casal está em férias. Eles vão passar um ou dois dias em Brasília e pretendem depois descansar em uma praia. Mas o destino de Duhalde e sua mulher não foram revelados. Lula se propôs a uma passagem discreta por Buenos Aires onde ficou menos de 24 horas para as solenidades de posse do novo presidente argentino, Néstor Kirchner. Não daria entrevistas nem andaria pelas ruas. A festa era de Kirchner e do povo argentino e Lula não tinha a menor intenção de disputar a cena, diziam seus assessores mais próximos logo pela manhã. Mas não foi bem assim e Lula roubou a cena na mais formal das cerimônias, na transmissão de cargo no plenário do Congresso Nacional argentino. Assim que entrou no plenário já lotado por parlamentares, alguns populares nas galerias, delegações estrangeiras e familiares dos novos poderosos da Argentina, o presidente brasileiro foi saudado com intenso e prolongado aplauso, com direito ainda a apupos de "Lula, Lula, Lula". Só perdeu, poucos minutos depois, para a entrada triunfal do presidente de Cuba, Fidel Castro. Este, muito mais aplaudido. Depois de Fidel e Lula, os argentinos também andam encantados com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, o terceiro mais aplaudido entre os convidados estrangeiros. A recepção calorosa a Lula estendeu-se às ruas da capital argentina. À saída do Congresso, o presidente brasileiro, mesmo acompanhado de um dos mais rigorosos esquemas de segurança dispensados às autoridades estrangeiras, ainda foi agarrado por populares à entrada do carro oficial. Como faz costumeiramente na porta do Palácio da Alvorada, Lula não se furtou a cumprimentar dois ou três admiradores. Não mais porque a segurança não permitiu.

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