MOSCOU - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira, 11, que as forças russas comecem a se retirar da Síria, justificando que o objetivo de destruir o Estado Islâmico (EI) na região havia sido cumprido. A campanha militar conjunta de Moscou e Damasco durou dois anos.
O anúncio de Putin foi feito durante visita à base aérea russa de Hmeymim na província síria de Latakia. Ele conversou com o presidente sírio, Bashar Assad, e com militares russos. Na semana passada, o Ministério da Defesa russo disse que o objetivo de eliminar o EI da região havia sido alcançado.
A Rússia começou a lançar ataques aéreos na Síria em setembro de 2015, na maior intervenção do país no Oriente Médio em décadas, favorecendo Assad no conflito e ao mesmo tempo aumentando dramaticamente a influência de Moscou no Oriente Médio.
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O chefe do Kremlin afirmou que "ao longo de dois anos e meio, as forças armadas da Rússia, junto com o Exército sírio, destruíram os grupos terroristas internacionais mais potentes militarmente".
Putin advertiu, no entanto, que "se os terroristas levantarem a cabeça de novo, lhes atingiremos de tal forma como nunca viram".
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"A tarefa de combater bandidos armados aqui na Síria, uma tarefa que foi essencial resolver com a ajuda de extenso uso de força armada, foi em sua maior parte resolvida, e resolvida de maneira espetacular", disse Putin, em comentários transmitidos em canais de TV russos. Em março de 2016, o presidente russo já havia anunciado a retirada de uma parte das forças russas enviadas à Síria para apoiar Assad, ao constatar a melhoria da situação na guerra contra o Estado Islâmico e outros grupos que lutam contra Damasco.
O presidente russo acrescentou, segundo relatos, que a Rússia manterá a base aérea de Hmeymim e uma instalação naval no porto sírio de Tartous. /REUTERS e EFE