Na véspera dos 15 anos do 11 de Setembro, Obama pede união contra o terror

Presidente realizou discurso citando princípios americanos e criticou o candidato à Casa Branca Donald Trump

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Por Redação
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WASHINGTON - O presidente Barack Obama fez um apelo neste sábado, 10, para que os americanos permaneçam unidos ante a ameaça terrorista, na véspera do aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 e em uma crítica velada ao candidato republicano Donald Trump.

"Diante do terrorismo, como nós respondemos importa", afirmou Obama em sua mensagem semanal de rádio, divulgada na véspera do aniversário de 15 anos dos atentados que deixaram quase três mil mortos nos Estados Unidos. 

Barack Obama e Michelle fazem um minuto de silência no 11 de setembro de 2015 Foto: AP Photo/Andrew Harnik

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"Não podemos desistir diante daqueles que querem nos dividir. Não podemos reagir de maneira que provocaria a erosão do tecido de nossa sociedade. Porque é nossa diversidade, como recebemos todos os talentos, a forma como tratamos todos de maneira justa sem importar sua raça, gênero, etnia ou religião, isto é parte do que faz o nosso país grande. É o que nos deixa resilientes. E se permanecemos leais a estes valores, nós vamos manter o legado daqueles que nós perdemos e manteremos nossa nação forte e livre", completou o presidente.

Obama já denunciou em várias ocasiões a retórica bombástica de Trump em relação aos muçulmanos. Após o tiroteio de San Bernardino, Califórnia, em dezembro do ano passado, por exemplo, Trump defendeu a proibição temporária da entrada de muçulmanos nos EUA.

Obama fez o discurso deste sábado a dois meses das eleições presidenciais, nas quais Trump, um magnata imobiliário, enfrentará a candidata democrata e ex-secretária de Estado, Hillary Clinton.

Terror. Os atentados executados pela Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001 - o primeiro ataque estrangeiro no continente americano em quase 200 anos - romperam a sensação de segurança e empurraram o Ocidente para guerras que persistem até hoje.

Quase três mil pessoas morreram quando a Al-Qaeda sequestrou quatro aviões de passageiros e lançou dois deles contra as Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova York e um contra o Pentágono em Washington. A quarta aeronave caiu em um campo da Pensilvânia.

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Ao mencionar um dos dias "mais escuros da história da nação", Obama destacou que muitas coisas mudaram desde os atentados. "Nós encontramos Osama bin Laden (líder da Al-Qaeda), fortalecemos nossa segurança interna, prevenimos ataques. Nós salvamos vidas", disse o presidente.

Mas ao mesmo tempo, completou em referência aos ataques de Boston, San Bernardino e Orlando, "a ameaça terrorista evoluiu". "No Afeganistão, Iraque, Síria e além, nós continuaremos implacáveis contra terroristas como Al-Qaeda e ISIL" (o grupo extremista Estado Islâmico). "Nós vamos destruí-los. E nós vamos continuar fazendo tudo que estiver em nosso alcance para proteger nosso território", concluiu Obama. /AFP

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