25 de novembro de 2012 | 02h06
Nacionalmente, a disputa eleitoral catalã é considerada fundamental, pois é apresentada por seu líder como o ponto de partida para a realização de um referendo que deliberará sobre o status da região em relação à Espanha.
O governo de Mas sustenta que sua comunidade autônoma dá muito mais aos cofres de Madri do que recebe em troca. Com 7,5 milhões de habitantes, a região provê 18% do Produto Interno Bruto espanhol, mas está afundada em uma grave crise econômica, devendo 43,9 bilhões, sem conseguir financiamentos para sua dívida nos mercados internacionais. Recentemente, recorreu a um fundo de assistência criado pelo governo central, de onde obteve um empréstimo de 5 bilhões.
O CiU voltou ao poder há dois anos, com Mas à frente do partido, após derrotar uma coalizão liderada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). Conquistou 62 das 135 cadeiras do Parlamento, 6 assentos a menos que os necessários para obter a maioria absoluta.
Segundo pesquisas divulgadas no dia 18, a legenda nacionalista terá, no máximo, 64 deputados na Catalunha após as eleições de hoje, ainda sem conquistar a maioria absoluta. Segundo analistas políticos, isso poderia representar um revés para o governador, que pediu aos eleitores um afinco excepcional nessas eleições, antecipadas por ele em dois anos para dar início ao processo do referendo que deliberará sobre a independência de sua região.
As sondagens ainda mostram que a Esquerda Republicana da Catalunha, partido separatista, deverá conquistar 17 assentos no Parlamento regional, 7 a mais do que nas eleições anteriores.
O PSOE, a segunda força da Catalunha, apresenta uma tendência de queda na comunidade autônoma e deverá ver reduzido seu número de deputados catalães de 28 para 20 parlamentares, indicam as pesquisas. / EFE
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