03 de julho de 2014 | 21h09
Os rebeldes das Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR), que planejam depor o governo ruandense e que incluem ex-soldados e milicianos hutus responsabilizados pelo genocídio de 1994 em Ruanda, anunciaram em abril que iriam se desarmar, e alguns começaram a fazê-lo em maio.
O desarmamento melhoraria as perspectivas de estabilização da República Democrática do Congo (DRC, na sigla em inglês), onde milhões foram mortos em quase duas décadas de um conflito que engolfou uma série de facções armadas e exércitos nacionais.
O Congo é um grande produtor de diamantes e metais, incluindo cobre e ouro.
A suspensão foi anunciada após uma reunião em Angola, na quarta-feira, com ministros das Relações Exteriores de um bloco regional que inclui Estados no centro e leste da África.
“Os resultados desta rendição (das FDLR) não são suficientes... mas ainda assim os Estados membros os consideraram aceitáveis”, disse o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, à agência de notícias estatal Angop.
Ele afirmou que o progresso no desarmamento das FDLR será avaliado depois de três meses.
As FDLR e encarnações anteriores do grupo operaram em áreas da fronteira leste do Congo desde que fugiram de Ruanda na esteira do genocídio e são frequentemente acusadas de abusos dos direitos humanos, incluindo o massacre de civis.
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