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Nações Unidas pedem a Sri Lanka que proteja civis

ONU reafirma pedido para fim do combate no norte do país, depois de ataque

Por Agencia Estado
Atualização:

A ONU pediu, nesta quarta-feira, ao governo do Sri Lanka e à guerrilha tâmil que assumam suas responsabilidades sob a lei internacional e tomem medidas para proteger a vida dos civis, depois do bombardeio que matou 14 pessoas na última terça-feira, segundo os rebeldes. A organização internacional enviou um comunicado por causa do ataque lançado pelo exército cingalês contra o distrito de Mannar, no norte do país, que, segundo a guerrilha, afetou um povoado de deslocados. No comunicado, a secretária-geral adjunta para Assuntos Humanitários, Margareta Wahlstrom, afirma que é necessário que as partes em conflito tomem "todas as medidas para cumprir suas obrigações para proteger os civis neste conflito". Wahlstrom acrescenta que as Nações Unidas pedem mais uma vez o fim das hostilidades entre o governo do Sri Lanka e a guerrilha tâmil e a que as duas retomem o processo de paz. O bispo de Mannar, Rayappu Joseph, definiu o bombardeio como "um crime contra a humanidade", após visitar o lugar onde os mísseis caíram. Joseph pediu à comunidade internacional que envie observadores para que testemunhem a situação dos direitos humanos nas províncias do norte e do leste do Sri Lanka, controladas pela guerrilha independentista dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE). O bispo negou as alegações governamentais de que o bombardeio do Exército cingalês tinha como alvo uma base naval dos LTTE e confirmou a postura tâmil de que as bombas caíram em um povoado cristão de deslocados. As áreas do norte e do leste do Sri Lanka são palco de contínuos confrontos entre as forças governamentais e os rebeldes tâmeis. Um cessar-fogo está vigente na ilha desde 2002, mas este é violado por ambas as partes de forma sistemática.

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