Nações voltam a negociar corte na emissão de poluentes

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Por AE-AP
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Delegados de 180 nações retomaram em Bonn, na Alemanha, as negociações sobre um pacto para conter a mudança climática global. As conversas estão emperradas há meses, por reclamações dos países pobres de que a falta de compromisso das nações ricas com altos cortes bloqueiam um acordo. Os países ricos pedem que cada nação assuma uma meta de cortes.O encontro realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) tem como meta estabelecer um novo acordo para suceder o Protocolo de Kyoto, de 1997. Este tratado estabelecia cortes nas emissões até 2012 para 37 países ricos, mas não previa exigências para as outras nações. O encontro em Bonn é um dos seis marcados para este ano para as negociações de um novo acordo.A rodada de negociações deve ser concluída em uma grande conferência em Copenhagen, na Dinamarca, em dezembro. O pacto deve incluir financiamento para os países pobres se adaptarem às mudanças climáticas e reduzirem suas próprias emissões, mantendo o crescimento econômico. Hoje, a Nova Zelândia anunciou sua meta para 2020: cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa entre 10% e 20% em relação aos índices de 1990. Na avaliação do grupo ambientalista WWF, a meta é muito tímida, e o governo neozelandês cedeu a pressões de lobbies industriais. O ministro da Nova Zelândia para as mudanças climáticas, Nick Smith, disse que o compromisso será difícil de alcançar, pois o país já emite 24% mais que os níveis de 1990.Cientistas apontam que os países mais desenvolvidos devem se comprometer com cortes entre 25% e 40% em comparação com os níveis de 1990. Apenas a União Europeia se comprometeu com limites próximos ao recomendado pelos cientistas da ONU.

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