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Não-Alinhados apóiam Irã em disputa nuclear e denunciam Israel

Chanceleres do bloco reafirmaram o direito de produzir energia atômica com fins pacíficos e pediram que Israel abra suas usinas aos inspetores internacionais

Por Agencia Estado
Atualização:

O Movimento dos Países Não-Alinhados, o maior bloco de países depois da Organização das Nações Unidas (ONU), manifestou nesta terça-feira o apoio ao Irã no impasse nuclear com os Estados Unidos e denunciou Israel pela ocupação dos territórios palestinos. Reunidos em Putrajaya, a capital administrativa da Malásia, os chanceleres do Movimento dos Países Não-Alinhados, composto por 116 nações, também exigiram a adesão de Israel ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e a abertura de suas usinas atômicas aos inspetores internacionais. Com relação ao Irã, os chanceleres reafirmaram o direito inalienável de todos os países de desenvolver, produzir e utilizar a energia atômica com fins pacíficos, "sem que haja discriminação e em conformidade com suas respectivas obrigações legais", dizia uma declaração do movimento depois de dois dias de reunião. A declaração não contém críticas ao Irã, acusado pelo governo dos Estados Unidos de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. Teerã assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica. Ainda de acordo com os ministros das Relações Exteriores dos integrantes do Movimento dos Países Não-Alinhados, uma eventual ação militar americana contra o Irã violaria as leis internacionais, além de representar um perigo a seres humanos e ao ambiente. O Movimento dos Países Não-Alinhados é composto majoritariamente por nações em desenvolvimento como Egito, a Índia e a África do Sul. É improvável que a declaração conjunta altere a posição dos EUA sobre o assunto, mas o objetivo do posicionamento parece ser o apoio moral ao governo iraniano.

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