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'Não apresentei meu lado da história', diz Assange após decisão sobre extradição

Protomoria contratou defensor de Pinochet para apelação no caso do fundador do WikiLeaks

Atualização:

Defesa de Assange tem sete dias para recorrer da decisão do tribunal. Foto: Stefan Wermuth/Reuters

 

 

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LONDRES - Em uma entrevista coletiva dada nesta quinta-feira, 24, após um corte britânica ter aprovado sua extradição para a Suécia, Julian Assange assegurou que as pessoas ainda não conhecem o que realmente aconteceu e que ainda não contou seu lado da história.

 

Segundo Assange, mesmo a luta na apelação de seu caso será difícil. "Os procuradores britânicos contrataram, a largas despesas, o mesmo advogado que defendeu Pinochet".

 

"Nunca pude apresentar a minha versão da história. Nunca pude apresentar a minha versão da história", disse. Segundo o fundador do WikiLeaks, todo o processo "é uma injustiça". "O melhor que pode ser feito para isso é analisar as normas capazes de garantir um julgamento justo", acrescentou.

 

Assange também criticou duramente o funcionamento das extradições europeias. "Durante todo este processo não se obteve solidez nas acusações formuladas contra mim. E sempre soubemos que teríamos que recorrer", disse o australiano, de 39 anos.

 

O juiz Howard Riddle, da Belmarsh Magistrates Court (tribunal do sul de Londres) aprovou nesta quinta a extradição de Assange para a Suécia. O fundador do WikiLeaks é acusado de delitos sexuais que teriam ocorrido em agosto de 2010 no país escandinavo.

 

Em contraste com essas duras críticas, o juiz britânico justificou sua decisão de entregá-lo à Suécia com o argumento de que não existem motivos para pensar que Assange não vá ser submetido a um julgamento justo na Suécia ou para temer que vão levá-lo depois aos EUA para ser processado pelo vazamento de milhares de documentos secretos pelo WikiLeaks.

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Assange irá recorrer da decisão do juiz Howard Riddle, da Belmarsh Magistrates Court (tribunal do sul de Londres), em uma instância superior, na High Court de Londres. A defesa tem um prazo de sete dias para recorrer.

 

A defesa de Assange afirma que se o ativista for entregue a Suécia, poderá ser enviado aos EUA, e processado por alta traição, em relação à difusão de dezenas de milhares de documentos oficiais americanos e ser, como possível consequência, executado.

Com informações de Efe.

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