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Não há indício de ex-preso sírio no Brasil, afirma PF

Jihad Diyab, que esteve detido em Guantánamo e vivia refugiado no Uruguai, desapareceu há duas semanas

Foto do author Andreza Matais
Por Andreza Matais e Luísa Martins - Brasília
Atualização:

A Polícia Federal afirmou em nota, nesta segunda-feira, 4, que não há indícios para crer que o sírio Jihad Ahmad Diyab, ex-preso de Guantánamo acolhido como refugiado no Uruguai e há duas semanas desaparecido, tenha vindo para o Brasil. 

Como revelou a Coluna do Estadão, a companhia aérea Avianca emitiu boletim interno solicitando que, caso seja detectada a presença do sírio em território brasileiro, a PF receba imediatamente o comunicado. Ele tem 44 anos e estaria usando um passaporte falso marroquino, jordaniano ou sírio. 

Sírio Jihad Ahmad Deyab, ex-preso de Guantánamo acolhido como refugiado no Uruguai Foto: Avianca/Divulgacao

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“A PF informa que tem tomado diversas ações. Não há indícios que levem a PF a acreditar que Jihad tenha ingressado em território brasileiro. Por questões de estratégia e inteligência, a PF não dará nenhuma outra informação além dessa”, informa a nota.

Em entrevista publicada hoje, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante de esquadra Ademir Sobrinho, afirmou que o terrorismo é uma preocupação na Olimpíada, já que muitos alvos de grupos radicais desembarcarão no Brasil. 

Ele disse, sem se referir especificamente ao caso do sírio, que as pessoas que vão trabalhar diretamente com o público foram treinadas para identificar lobos solitários e para implementar medidas que garantam a segurança de atletas e espectadores. “Temos de nos preparar para a pior situação”, alertou.

A embaixada dos EUA em Montevidéu afirmou que está “cooperando” para descobrir o paradeiro do homem. “Em um sentido mais amplo, o que estamos fazendo é trabalhar com o Uruguai para que a adaptação dos ex-presidiários no país seja um êxito”, disse o encarregado de negócios da embaixada americana no país, Bradley Freden. 

Ele declarou, ainda, que a fronteira entre Uruguai e Brasil é “muito aberta”, tanto em Rivera quanto no Chuí, e por isso Jihad Diyab pode ter saído sem que isso constasse nos registros. “Estamos tratando de ter mais segurança nas fronteiras sem causar problemas no comércio”, destacou o diplomata. Segundo Freden, outros cinco refugiados – três sírios, um tunisiano e um palestino – estão bem integrados à sociedade uruguaia.

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