''''Não há vítimas brasileiras''''

Embaixada calcula que 4 mil brasileiros vivam no Peru

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Por Renata Miranda
Atualização:

Até a noite de ontem, a Embaixada do Brasil em Lima não tinha informações de brasileiros entre as vítimas do terremoto que atingiu o Peru na noite de quarta-feira. A embaixada estima que entre 3 e 4 mil brasileiros vivam no país, a maior deles parte concentrados na capital e nas regiões próximas à fronteira com o Brasil. O embaixador brasileiro no Peru, Luiz Augusto de Araújo Castro, disse que está tentando conseguir todas as informações possíveis nas regiões afetadas para verificar se algum brasileiro foi ferido ou morto. "Estamos em contato direto com as autoridades locais, mas até agora não temos confirmação nenhuma", afirmou Castro, por telefone, ao Estado. Para informações mais detalhadas, a embaixada colocou dois números de telefone à disposição: (00XX511) 512-0837 e (0XX511) 9348-2042. O embaixador contou que estava no prédio da embaixada quando o tremor aconteceu, por volta das 18h40 (20h40 de Brasília). "O prédio começou a balançar e as janelas ficaram batendo", disse. "Foi assustador porque durou muito tempo. A cidade inteira sacudiu." O brasileiro Gino Labadessa, de 42 anos, estava em seu quarto, no sétimo andar de um hotel em Lima, quando sentiu o tremor. "Dentro do hotel tinham algumas ?zonas seguras de sismos?, mas eram poucas colunas para muita gente", conta. "Decidi descer as escadas correndo até chegar na Avenida Colón." Segundo ele, o sentimento geral era de pânico. "Os próprios peruanos disseram nunca terem vivido um tremor tão forte." O primeiro-secretário da embaixada brasileira, João Marcelo Galvão de Queiroz, descreveu a situação nas ruas da capital peruana como caótica logo após o terremoto. "Foi um cenário de horror. Os bairros ficaram sem luz, os telefones pararam de funcionar e o trânsito ficou tumultuado."

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