21 de março de 2011 | 13h37
BENGHAZI - Um alto oficial do Conselho Nacional da Líbia - o órgão criado pelas lideranças rebeldes que lutam contra Muamar Kadafi - afirmou nesta segunda-feira, 21, que não haverá negociações com o ditador líbio para encerrar a guerra que teve início no último sábado.
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"Estamos em uma guerra que esse ditador forçou a começarmos", disse Abed al-Hafeez Ghoga durante uma conferência em Benghazi, o principal reduto dos insurgentes. "Por causa disso, nós nos recusamos a negociar. Veremos seu fim em vez de negociarmos", disse o rebelde.
Ghoga ainda afirmou que os rebeldes querem que Kadafi seja levado a julgamento, e não que ele morra durante a guerra. "Ele é procurado internacionalmente como um criminoso de guerra. Ele será julgado por suas ações genocidas contra seu próprio povo", completou.
Uma coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca e Espanha deu início no sábado, 19, a uma intervenção militar na Líbia, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de 'quaisquer medidas necessárias' para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.
Associated Press e Reuters
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