Objetivo dos EUA ‘não é uma guerra’ com Pyongyang e sim a desnuclearização, diz secretário de Defesa

Em visita à fronteira entre as Coreias, James Mattis afirmou que ‘as provocações norte-coreanas continuam a ameaçar a segurança regional e global’; Donald Trump visitará a Coreia do Sul no início de novembro

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SEUL - O objetivo dos EUA "não é uma guerra" com a Coreia do Norte, declarou nesta sexta-feira, 27, o secretário de Defesa americano, James Mattis, durante uma visita à fronteira entre as Coreias.

PUBLICIDADE

+ Ameaça de teste nuclear sobre Oceano Pacífico deve ser interpretada de forma literal, diz Pyongyang

"Como disse claramente o secretário de Estado, (Rex) Tillerson, nosso objetivo não é uma guerra e sim a desnuclearização completa, verificável e irreversível da península coreana", disse na região fronteiriça de Panmunjom.

+ Trump vai à Ásia em novembro com Coreia do Norte em pauta

James Mattis (esq.) afirmou que Washington e Seul "reafirmam o compromisso a favor de uma solução diplomática para enfrentar o comportamento irresponsável e fora da lei da Coreia do Norte" Foto: Yonhap/via REUTERS

Mattis, ao lado de seu colega sul-coreano Song Young-moo, afirmou que Washington e Seul "reafirmam o compromisso a favor de uma solução diplomática para enfrentar o comportamento irresponsável e fora da lei da Coreia do Norte". Os dois participarão no sábado de uma reunião anual bilateral sobre questões de defesa.

O presidente dos EUA, Donald Trump, visitará a Coreia do Sul nos dias 7 e 8 de novembro e se reunirá com o líder sul-coreano, Moon Jae-in.

Depois de conversar com Mattis, Moon disse que a “mobilização agressiva” de ativos estratégicos dos EUA na península coreana tem sido eficaz para dissuadir a ameaça do vizinho do norte. Já Pyongyang afirmou que libertará nesta sexta-feira um barco pesqueiro sul-coreano que estava em águas norte-coreanas ilegalmente, informou a imprensa estatal.

Publicidade

A embarcação foi apreendida no dia 21 de outubro e uma investigação norte-coreana revelou que o barco e seus tripulantes entraram em águas norte-coreanas para pescar, relatou a agência estatal de notícias KCNA. A Coreia do Norte decidiu liberar o barco depois de “levar em conta o fato de que todos os tripulantes admitiram seu delito, desculpando-se repetidamente e pedindo leniência”, de acordo com a reportagem.

As tensões entre a Coreia do Norte e os EUA vêm aumentando em razão de uma série de testes nucleares feitos por Pyongyang e a troca de farpas verbais entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que despertam temores de que qualquer erro de cálculo possa levar a um confronto armado.

“As provocações norte-coreanas continuam a ameaçar a segurança regional e global, apesar da condenação unânime do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)”, disse Mattis.

Ao lado dele, o ministro da Defesa sul-coreano, Song Young-moo, disse: “Juntos continuaremos a defender a paz por meio de uma vontade forte e um poder forte”. / REUTERS, AFP e EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.