Carter e sua esposa são abordados por jornalistas em Havana.
HAVANA - O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter disse nesta terça-feira, 29, que se reuniu com autoridades cubanas e discutiu o caso do prestador de serviços americano que foi condenado a 15 anos de prisão por crimes contra a segurança do Estado, mas afirmou que não está em Cuba para levá-lo para casa.
Carter disse que conversou com autoridades cubanas sobre o caso de Alan Gross, detido em dezembro de 2009 quando trabalhava num projeto apoiado pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (Usaid), mas afirmou que não foi a Cuba "para retirá-lo do país".
"Estamos aqui para visitar os cubanos, os chefes de governo e cidadãos privados. É um grande prazer para nós retornar a Havana", disse o ex-presidente, em espanhol, na companhia de sua mulher, Rosalynn Carter. "Eu espero que possamos contribuir para melhorar as relações entre os dois países".
As relações já ruins entre Cuba e EUA pioraram após a condenação de Gross neste mês, acusado de importar ilegalmente equipamentos de telecomunicação. O anúncio da visita de Carter a Cuba, feito na sexta-feira, levantou expectativas de que ele poderia ajudar a conseguir a liberdade para Gross. Tanto o governo americano quanto a família do prestador de serviços encorajaram o ex-presidente a fazer lobby por sua libertação.
Carter, que chegou à ilha na segunda, deveria se encontrar com o presidente cubano Raúl Castro nesta terça como parte de sua viagem de três dias para melhorar as ligações entre os dois países.
Washington e Havana não têm relações formais desde a década de 1960 e os Estados Unidos mantêm um embargo econômico e financeiro à ilha. As informações são da Associated Press.