Naufrágio de refugiados provoca 14 mortes em Mianmar

Habitantes do país tentam fugir de ofensiva militar; mais de 500 mil já deixaram a nação

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Soldado caminha em direção a uma aldeia em Rakhine, região em que estão ocorrendo os conflitos, na fronteira com Bangladesh. Foto: Nyunt Win/EFE

YANGUN - O naufrágio de um barco de refugiados deixou 14 refugiados em Mianmar nesta quinta-feira, 28. Uma ofensiva militar no Estado de Rakhine fez com que mais de 500 mil pessoas fugissem para Bangladesh - milhares de habitantes na região permanecem sem comida, abrigo e cuidados médicos.

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Refugiados ainda fogem do país mais de um mês depois que insurgentes muçulmanos rohingya atacaram postos de segurança perto da fronteira, desencadeando violenta retaliação militar de Mianmar, que a Organização das Nações Unidas classificou como uma limpeza étnica. 

++ ONU acusa Mianmar de fazer limpeza étnica

Para a ONU, existe uma “política calculada do terror”, que inclui “obrigar as pessoas a abandonarem suas cidades, a destruição completa de povoados e o confisco de bens”. 

Grupos internacionais de ajuda humanitária no país pediram que o governo permita livre acesso ao Estado de Rakhine. Mianmar tem impedido organizações não-governamentais e agências da ONU de conduzir a maior parte de seu trabalho na região, onde os ataques começaram em 25 de agosto. 

++ Ataques de rebeldes muçulmanos em Mianmar deixam ao menos 89 mortos

"ONGs em Mianmar estão cada vez mais preocupadas com as severas restrições ao acesso humanitário e impedimentos à prestação da assistência humanitária em todo o Estado de Rakhine", disseram grupos de ajuda, em comunicado. "Exortamos o governo e autoridades de Mianmar a garantir que todas as pessoas com necessidade no Estado de Rakhine tenham livre acesso à assistência humanitária." / Reuters

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