PUBLICIDADE

Naufrágio na Rússia deixa 129 mortos

Mergulhadores procuram corpos de 50 crianças no Rio Volga; Medvedev ordena investigação

Atualização:

MOSCOUO naufrágio do navio Bulgária, ocorrido no domingo no Rio Volga, na Rússia, matou ao menos 129 pessoas, disseram ontem autoridades russas. Segundo o Ministério de Emergências, as equipes de resgate ainda buscam os corpos de 71 vítimas, entre elas 50 crianças, que estariam presas no navio. Outros 79 passageiros foram resgatados com vida. O barco, que tinha 56 anos de uso, estava superlotado. Sua capacidade máxima era de 120 pessoas. Ainda segundo as autoridades russas, a embarcação apresentava problemas no motor e estava pendendo para estibordo quando virou ao fazer uma curva no rio. Ele afundou em cerca de oito minutos. A profundidade do Volga no local do naufrágio é de ao menos 20 metros. Ontem, as equipes de resgate ainda tentavam encontrar os corpos de 50 crianças que ficaram presas no salão de jogos do navio. Mais de cem mergulhadores trabalham na operação. Segundo testemunhas, a tragédia só não foi maior porque o Arabella, outra embarcação que passava pelo rio, parou para ajudar as vítimas. Outros dois barcos, no entanto, passaram reto e não ajudaram. Reação. Medvedev declarou luto oficial e prometeu revisar as regras para os transportes em todo o país. Ontem, em outro acidente, um avião de pequeno porte caiu na Sibéria, deixando ao menos cinco mortos. "Vamos fazer uma revisão completa", disse o presidente. "Navios civis, incluindo os de passeios têm uma vida útil maior do que as dos aviões. Ainda assim, estão em um estado insatisfatório."O ministro dos Transportes, Igor Levitin, prometeu processar os responsáveis pelos dois navios que não pararam para ajudar o Bulgária. "Responderão nos termos mais duros", afirmou. Segundo dados do governo, existem 1.568 navios de passeio no país. Ao menos cem deles são tão ou mais velhos do que o que naufragou no domingo. Passeios de barco pelo Volga são um programa turístico bastante popular no verão russo. O acidente ocorreu entre Bulgar e Kazan, a cerca de 750 quilômetros de Moscou. / AP e AFPM

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.