Náufragos resgatados pela Marinha estavam sem água e comida; veja imagens

Segundo Ministério da Defesa, ministro Jaques Wagner acompanhou a operação de resgate e falou sobre o resultado das operações com a presidente Dilma Rousseff

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Por André Borges
Atualização:

Brasília - Os 220 refugiados que foram resgatados ontem pela corveta Barroso , da Marinha, estavam sem água e comida em um barco à deriva e sem combustível, no Mar Mediterrâneo a caminho de Beirute, no Líbano. A operação de resgate ocorreu após mensagem de socorro emitida no Centro de Busca e Salvamento da Itália, que pediu aproximação da posição conhecida da embarcação, a cerca de 150 milhas da terra mais próxima, Peloponeso, na Grécia.

Dois navios-patrulha italianos de pequeno porte estavam no local. Por conta da impossibilidade de receberem os imigrantes a bordo, a Guarda Costeira italiana pediuo apoio dos brasileiros para resgatar e transportar as pessoas. Após cinco horas de operação, a corveta Barroso desembarcou os refugiados no porto de Catânia, na Sicília.

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Por meio de nota, o Ministério da Defesa informou que o ministro Jaques Wagner acompanhou a operação de resgate e falou sobre o resultado das operações com a presidente Dilma Rousseff. Ainda que tenha cumprido as normas do Direito Internacional ligada à questão humanitária, o ministro destacou “a forma rápida e eficiente da ação realizada”.

Jaques Wagner já estava com visita marcada para ir ao Líbano no dia 14 e comparecer à troca do comando da missão de paz naquele país. “O navio estava indo para o Líbano e acabou cumprindo outra missão humanitária, que é o resgate de refugiados, hoje uma preocupação que aflige o mundo inteiro. Foram salvas 220 vidas e evitamos outras mortes como a daquela criança síria que chocou o mundo”, disse Wagner.

Ao todo foram resgatadas 220 pessoas, entre elas 94 mulheres, 37 crianças e quatro bebês de colo, muitos deles debilitados. A corveta Barroso saiu do Rio de Janeiro no dia 8 de agosto para substituir a fragata “União” na Força-Tarefa Marítima da Nações Unidas (FTM-Unifil) no Líbano. Ela irá atuar, ainda este mês, como nau-capitânia da missão e vai realizar tarefas de interdição marítima e capacitação da Marinha libanesa. 

A corveta é um navio de 103,5 m de comprimento e 2,4 mil toneladas (a plena carga), com autonomia para permanecer por 30 dias em missão. Sua velocidade nominal máxima, com turbina a gás, é de 30 nós, e seu raio de ação, com velocidade de 12 nós, é de 4 mil milhas (ou 7,2 mil km). Com uma tripulação de 191 militares a bordo, o navio permanecerá no Líbano até fevereiro de 2016. 

O ministro Jaques Wagner tem viagem programada para o Líbano, neste mês de setembro, para acompanhar a atuação dos militares brasileiros, bem como a passagem de comando da missão.

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