PUBLICIDADE

Navio russo com carregamento de munição chega à Síria

Por NICÓSIA
Atualização:

O navio russo Chariot, que transportava munição, chegou na quinta-feira à Síria após ter feito uma parada não programada para reabastecimento no Chipre, dois dias antes. A informação foi revelada ontem por fontes russas e cipriotas e divulgada pela agência Reuters.Segundo um funcionário do governo cipriota, os responsáveis pela embarcação tinham dado garantias por escrito às autoridades locais de que seu destino não seria a Síria, mas a Turquia. Por isso, o navio foi liberado e pôde partir no dia seguinte. No entanto, quando estava em águas internacionais, mudou de curso e seguiu para a Síria. "Havia balas em quatro contêineres a bordo", afirmou um funcionário do governo cipriota. A Rússia é um importante fornecedor de armas para a Síria, onde o presidente Bashar Assad luta contra uma onda de protestos que já dura dez meses. A violência da repressão contra manifestantes desencadeou uma dura reação dos países ocidentais e árabes, que aprovaram sanções contra Damasco. Moscou, no entanto, tem evitado criticar abertamente o regime e se opõe a punições mais severas contra o país no Conselho de Segurança da ONU.Na Rússia, um funcionário da Westberg, empresa proprietária do cargueiro, confirmou que o navio, que partiu de São Petersburgo em 9 de dezembro, havia chegado à Síria, mas se recusou a responder se a carga pertencia à Rosoboronexport, estatal russa que exporta armas. "O navio estava transportando uma carga perigosa", disse o funcionário da Westberg, que pediu para não ter seu nome revelado. "Ele chegou à Síria no dia 11 (quinta-feira)."Vyacheslav Davidenko, porta-voz da Rosoboronexport, disse que a estatal não confirma nem nega a notícia. "Não revelamos para onde vão nossas entregas nem quando ou como saíram do porto", disse. A chancelaria turca, no entanto, também confirmou a chegada do navio à Síria. "Às 10h15 de ontem (6h15 em Brasília), a Marinha turca confirmou que o navio atracou no porto sírio de Tartus", disse Selcuk Unal, porta-voz da chancelaria. / REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.