Negociação com a China chega a impasse

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Por Agencia Estado
Atualização:

Após uma difícil primeira etapa, os Estados Unidos ameaçam abandonar as negociações com a China sobre os vôos de reconhecimento norte-americanos. "Esperamos que os chineses adotem uma postura positiva e construtiva durante essas reuniões", declarou o Departamento de Estado dos EUA. Das negociações iniciadas hoje em Pequim, os Estados Unidos esperam conseguir pelo menos o retorno de uma aeronave de espionagem da Marinha que fez um pouso de emergência no sul da China em 1º de abril. A tripulação passou 11 dias detida no país asiático, sendo libertada após depois de longas conversações. "Nenhum acordo foi fechado. Não houve progresso na questão do retorno do avião", declarou Richard Boucher, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano após uma sessão de abertura de duas horas e meia. O embaixador dos Estados Unidos na China, o almirante da reserva Joseph Prueher, se reunirá com funcionários do Ministério das Relações Exteriores da China por volta das 22h (pelo horário de Brasília) e dirá que "apenas fará sentido prosseguir negociando se houver uma discussão produtiva sobre o retorno da aeronave", disse Mary Ellen Countryman, porta-voz da Casa Branca. O avião EP-3E Aries II fez um pouso de emergência no sul da China depois de colidir com um caça chinês. No início, a administração Bush insistiu que suas missões de espionagem tinham base na lei. Em contrapartida, a China garante que o avião deu uma guinada, causando o acidente, além de sustentar que a espionagem é imprópria e deve cessar. O piloto chinês está desaparecido. Em um comunicado lido nos principais telejornais, a equipe de negociação chinesa declarou: "O lado dos Estados Unidos deveria assumir toda a responsabilidade pelo incidente, dar explicações claras e responsáveis ao povo chinês, interromper os vôos de reconhecimento no espaço adjacente à costa chinesa e adotar medidas eficazes para evitar a repetição desses incidentes." Enquanto negociadores norte-americanos e chineses reuniam-se em Pequim, funcionários do governo dos Estados Unidos estudavam qual tipo de armamento seria vendido a Taiwan, vista pela China como uma província rebelde.

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