Negociação sobre tratado de armas acaba sem acordo

Grupos de direitos humanos criticaram proposta apresentada por conter 'ambiguidades e brechas'

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Por AE
Atualização:

NAÇÕES UNIDAS - As negociações na Organização das Nações Unidas (ONU) para o estabelecimento do primeiro tratado internacional sobre comércio de armas convencionais terminou sem acordo nesta sexta-feira, 27, informou Roberto Garcia Moritan, presidente da conferência.

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Veja também:link Controle de armas pode ser tema de 1° debate entre candidatos, no Coloradolink Proprietários de armas nos EUA apoiam restrições, diz pesquisaAlguns países se opuseram ao rascunho final, disse o argentino Moritan. A Assembleia Geral da ONU vai decidir se, e quando, haverá mais negociações. "O texto que eu propus era um projeto de tratado...algumas delegações não gostaram do documento, mas a grande maioria aprovou", afirmou Moritan. Para a adoção do tratado, todos os 193 países envolvidos devem concordar com o documento. A próxima reunião da Assembleia Geral da ONU ocorre em setembro. "Nós sempre pensamos que seria difícil e que este resultado era possível", disse Moritan. "Nós sabíamos, desde o início que seria um grande desafio diplomático."O rascunho do tratado que circulou na terça-feira foi severamente criticado por grupos de direitos humanos, dentre eles a Anistia Internacional e a Oxfam, considerado cheio de "ambiguidades e brechas", especialmente por não incluir munições e por permitir uma ampla extensão de transferências de armas, que escapariam do tratado.

Com Dow Jones

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