Negociações fiscais continuam nos EUA

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Por AE
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As pressões dos democratas para estender benefícios de emergência aos desempregados não vão atrapalhar as negociações bipartidárias sobre o Orçamento, que pode sair nesta semana. Os democratas querem que o pagamento aos trabalhadores permaneça sendo efetuado além do dia 28 de dezembro, quando expira o programa para milhares de norte-americanos.O senador democrata de Illinois, Richard Durbin, diz que o partido não vai exigir a extensão do programa como parte de um acordo fiscal. "Eu não acho que chegamos ao ponto onde dizemos que é isso: pegar ou largar", afirmou.A presidente da Comitê do Orçamento do Senado, a democrata Patty Murray, e o presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, o republicano Paul Ryan, ainda não fecharam o acordo para manter o governo funcionando após o dia 15 de janeiro, mas estão indo na direção correta, disse Durbin.O senador republicano Rob Portman, de Ohio, que é membro do grupo que negocia o Orçamento, disse que a preocupação sobre estender os benefícios aos desempregados se concentrou no valor de US$ 25 bilhões que seriam desembolsados pelo governo. "É um custo adicional dentro desse acordo de Orçamento. Acho que isso precisa ser tratado separadamente", disse Portman em uma entrevista à ABC.Vários democratas estão pressionando por uma votação no Senado esta semana sobre a extensão dos benefícios, apesar de a discussão sobre como será pago o valor dessa extensão ainda ser um problema. Em situações anteriores, o Congresso optou por renovar o benefício em 2008 sem compensar seus custos por meio do aumento de impostos ou cortes de gastos.Autoridades próximas às negociações dizem que Murray e Ryan estão perto de um acordo que permitiria ao governo gastar cerca de US$ 1 trilhão em cada um dos próximos dois anos. Senadores e deputados estão trabalhando na criação de um compromisso que aliviaria os cortes automáticos de gastos e os substituiria por uma mistura de aumento de impostos e cortes em programas de gastos obrigatórios.Mesmo um acordo para um Orçamento modesto sendo o mais provável, os parlamentares permanecem em desacordo sobre outras políticas, incluindo a possibilidade de aumentar o salário mínimo dos EUA para acima de US$ 7,25 por hora. O presidente Barack Obama pressionou pelo aumento durante o discurso na semana passada, prometendo focar seus últimos três anos de mandato na desigualdade de renda. Entretanto, os republicanos argumentam que um aumento nos salários poderia limitar a capacidade das empresas de contratar novos trabalhadores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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