Negociadores da crise nuclear optam por reuniões bilaterais

Quinta rodada para solucionar a crise nuclear teve início no dia 18

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Por Agencia Estado
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As reuniões bilaterais ocupam a agenda do quarto dia da reunião de negociações em Pequim sobre a crise nuclear norte-coreana, na qual não está prevista uma sessão plenária, e por enquanto ainda não há anúncio de avanços concretos. O chefe das negociações americano, Christopher Hill, declarou à imprensa, no entanto, que as conversas "se movimentam numa fase em que os assuntos começarão a ser definidos por escrito". Ele não confirmou uma reunião com o representante norte-coreano, mas admitiu que "deve acontecer". Hill confirmou encontros com os chefes das delegações do Japão e Coréia do Sul. A delegação da China, anfitriã do diálogo, se reunirá nesta quinta-feira com as missões da Coréia do Norte, Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão (todos, exceto a Rússia). As seis partes iniciaram no dia 18 a quinta rodada para solucionar a crise nuclear iniciada em 2002, quando Pyongyang anunciou a retomada do seu programa nuclear. Fontes oficiais chinesas informaram que não está prevista uma reunião plenária das seis delegações, nem de seus chefes. Nesta sexta-feira, os negociadores americanos devem retornar aos EUA para o Natal. O primeiro a abandonar a capital chinesa foi Daniel Glaser, assistente americano para delitos financeiros e terroristas. Glaser se reuniu esta semana com Kwang-chol, presidente do Banco de Comércio Exterior da Coréia do Norte, durante três horas. Ele disse que o encontro foi marcado por um ambiente "prático" e "de trabalho", e pode se repetir em Nova York, em janeiro. As sanções impostas por Washington a Pyongyang, iniciadas em setembro de 2005, contra contas bancárias norte-coreanas em Macau, são o principal obstáculo no avanço das negociações. "É o principal problema para Pyongyang", comentou na quarta-feira Kenichiro Sasae, o chefe da delegação japonesa. As delegações trabalham há quatro dias para delinear um "plano de trabalho" que permita pôr em prática o acordo de setembro de 2005, no qual a Coréia do Norte prometia sua desnuclearização em troca de ajudas e garantias de segurança.

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