Negociadores palestinos estudam proposta de paz egípcia

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Negociadores palestinos estudam cuidadosamente a possibilidade de aceitar a proposta para encerrar a guerra entre Israel e o Hamas, que já dura um mês, no último dia da trégua de 72 horas, que termina à meia noite (horário local) desta quarta-feira. Desde que o cessar-fogo entrou em vigor, no domingo, Israel interrompeu suas operações militares no território costeiro e militantes de Gaza pararam de lançar foguetes contra Israel. A trégua teve como objetivo dar tempo aos dois lados para que negociem um cessar-fogo mais sustentável e um projeto de longo prazo para a Faixa de Gaza. Um integrante da delegação palestina, que participa das negociações intermediadas pelo Egito no Cairo, disse nesta quarta-feira que seu grupo estuda a proposta egípcia, apresentada na terça-feira. Mediadores egípcios se revezam nas negociações entre palestinos e israelenses numa tentativa de superar as diferenças entre os dois lados. A proposta egípcia pede o alívio de partes do bloqueio israelense a Gaza, segundo representantes palestinos que integram as negociações, mas deixa para negociações posteriores questões importantes como a exigência do Hamas para o total levantamento do bloqueio e a demanda de Israel para que o Hamas se desarme. O negociador palestino disse que tem algumas reservas em relação a proposta e que vai tentar melhorá-la. "Nós gostaríamos de ver mais liberdade na fronteira e de discutir a questão do porto e do aeroporto em Gaza", disse ele. Os representantes palestinos falaram em condição de anonimato porque não estão autorizados a discutir as negociações com meios de comunicação. Um porta-voz do governo israelense não quis falar sobre a questão. Meios de comunicação israelenses publicaram na terça-feira que o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ofereceu concessões nas negociações no Cairo. As matérias, que citam uma graduada autoridade israelense, cujo nome não foi divulgado, dizem que em troca de garantias de segurança, os negociadores israelenses haviam concordado em expandir a zona de pesca na costa de Gaza, permitir que mais habitantes do território viagem para Israel e para a Cisjordânia além do aumento do número de caminhões de carga que recebem permissão para entrar em Gaza. Israel também permitiria que recursos entrassem em Gaza para o pagamento de salários de trabalhadores do governo do Hamas. Os negociadores israelenses, porém, recusam-se a discutir a construção de um porto e de um aeroporto em Gaza, informou a mídia de Israel. A guerra teve início em 8 de julho com uma campanha aérea de Israel contra o Hamas, que governa Gaza. Israel responsabiliza o grupo pelo sequestro e morte de três adolescente na Cisjordânia em junho. Nove dias mais tarde, Israel enviou tropas terrestres para destruir os túneis subterrâneos construídos para realizar ataques em Israel. Os combates já mataram mais de 1.900 palestinos, a maioria civis, afirmam autoridades palestinas e da Organização das Nações Unidas (ONU). Do lado israelense, 67 pessoas morreram, das quais apenas três não eram militares. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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