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Nem direita, nem esquerda - ele é apenas ‘Le Macron’

Enquanto Marine Le Pen tenta seduzir o eleitor com seu discurso contra imigrantes e a União Europeia (UE), insuflado pelos ventos de Brexit, Donald Trump e Vladimir Putin, Macron dá de ombros a estereótipos ideológicos

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Por Redação
Atualização:

Favorito nas eleições francesas de abril e maio, o ex-ministro das Finanças e ex-socialista Emmanuel Macron emergiu, aos 39 anos, como principal rival de Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional. 

Enquanto Marine tenta seduzir o eleitor com seu discurso contra imigrantes e a União Europeia (UE), insuflado pelos ventos de Brexit, Donald Trump e Vladimir Putin, Macron é favorável à imigração, à globalização e defensor intransigente da UE. Saiu do governo para fundar, à margem dos partidos, seu En Marche!, movimento com milhões de seguidores. Dá de ombros a estereótipos ideológicos. Se a candidata da Frente Nacional pretende fechar fronteiras para proteger empregos e empresas, o programa de governo de Macron traz propostas para todos os gostos. À direita, fala em reduzir o custo do Estado francês de 56,5% do PIB (recorde mundial) para 52%, cortar 120 mil empregos públicos, diminuir a alíquota de impostos das empresas, isentar o capital produtivo da taxa sobre fortunas, reformar a Previdência, contratar 10 mil novos policiais e criar uma prisão exclusiva para terroristas. À esquerda, pretende aumentar o ganho de quem recebe salário mínimo, combater contratos precários, ampliar o seguro-desemprego, transferir descontos do assalariado ao empregador e extinguir a taxa de moradia para 80% dos contribuintes. Pelas últimas pesquisas, Macron derrotaria Le Pen facilmente no segundo turno. Brexit e Trump estão aí para provar que é cedo para ele celebrar.

Favorito em eleição francesa, Emmanuel Macron apresentou seu programa de governo Foto: REUTERS/Charles Platiau

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Frases“Não mantive comunicação com os russos" Jeff Sessions,  Na Sabatina Ao Cargo de procurador-geral

“Nunca encontrei representantes russos para discutir assuntos da campanha. Essa alegação é falsa” Sessions, depois que o ‘W. Post’ revelou 2 encontros seus com o embaixador russo

“Você mentiu sobre as mentiras sobre as quais  havia mentido” do rap ‘That’s a lie’ (é mentira), gravado por L.L. Cool J. em 1985. naquele ano, procurador no alabama, sessions processou três negros por fraude eleitoral, num caso marcado pela tensão racial. os três foram absolvidos

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Pai do soldado morto exige investigação O soldado William “Ryan” Owenfoi morto no Iêmen em 28 de janeiro, na primeira ação contra o terrorismo do governo de Donald Trump. Ryan foi homenageado pelo próprio Trump em seu discurso ao Congresso. Ele levou dois minutos para retomar a fala, diante das lágrimas da mulher de Owen e da comoção da plateia. Mas Bill, pai de Owen e veterano da Marinha, se recusara a receber Trump depois da morte do filho - e ainda exige uma investigação a respeito. 

Diante do Congresso, Trump encontra seu tom O discurso de Trump recebeu elogios quase unânimes - nem tanto pelo conteúdo, mas pelo abandono do tom belicoso em nome da mensagem de união e da atitude “presidencial”. A Casa Branca espalhou que foi o próprio Trump quem redigiu o texto, com a ajuda de auxiliares. É uma boa notícia. Se ele consegue escrever daquele jeito, quem sabe um dia eu não fico blionário

Putin dá sinais de que o namoro acabou Na reportagem magistral sobre Trump e Putin na última edição da New Yorker, a informação mais relevante está lá pelo final. Um dos canais de TV russos controlados pelo governo recebeu ordem de cima para reduzir a exposição de Trump no noticiário e fazer uma cobertura mais equilibrada. Pelo visto, é o fim da lua de mel.

Será possível fazer humor com o genocídio? No documentário The last laugh (A última risada), que acaba de estrear em Nova York, Ferne Pearlstein entrevista sobreviventes do nazismo, escritores e humoristas como Mel Brooks (foto) e Sarah Silverman para responder a uma questão espinhosa: é possível fazer piada com o Holocausto? “O melhor sobre o filme é que não responde à pergunta”, escreve Marjorie Ingall em sua crítica na Tablet.