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Nenhum candidato obtém maioria para Presidência da Itália

O candidato que mais votos obteve foi Massimo D´Alema, mas ficou muito longe dos 673 exigidos

Por Agencia Estado
Atualização:

Nenhum candidato obteve a maioria de dois terços necessária para substituir o atual chefe de Estado da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, na terceira votação para eleger o novo presidente do país. O pleito foi realizado nesta terça-feira no Parlamento italiano. Ao concluir a apuração, o líder da União (coalizão de centro-esquerda que venceu as últimas eleições), Romano Prodi, disse que amanhã, dia em que precisará apenas da maioria simples para escolher o presidente, voltará a propor a candidatura de Giorgio Napolitano. Ex-comunista e senador vitalício, Napolitano era um dos candidatos desta terça-feira. As palavras de Prodi foram recebidas com aplausos por muitos dos eleitores presentes no Parlamento, o que foi interpretado pelos analistas como um anúncio de que Napolitano sairá eleito presidente da Itália. Sem a definição, Prodi não pode assumir o cargo de primeiro-ministro. A formação do governo italiano depende de uma convocação oficial do presidente. No entanto, a opção por Napolitano ainda não foi aprovada por Berlusconi, que atualmente lidera a oposição. O presidente da Câmara dos Deputados, Fausto Bertinotti, anunciou que um total de 977 eleitores participaram da terceira votação. Os votos em branco, opção defendida pelas duas principais coalizões do Parlamento, superaram as 770. O candidato que mais votos obteve foi Massimo D´Alema, mas ficou muito longe dos 673 exigidos nesta terceira votação para sair eleito presidente da República. O segundo candidato mais votado foi Giorgio Napolitano, que obteve 16 votos. A opção do voto em branco foi proposta tanto pela União - a coalizão de centro-esquerda - como pela Casa das Liberdades, dirigida por Silvio Berlusconi, que disseram preferir essa opção enquanto buscavam um candidato de consenso.

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