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Netanyahu apoia decisão de Trump de deixar o acordo nuclear com Irã

Premiê israelense elogiou decisão do presidente americano e disse que o pacto nuclear fez com que o Irã ficasse 'mais agressivo'

Atualização:

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, apoiou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de abandonar o acordo nuclear firmado com o Irã em 2015. "Esse acordo só trouxe resultados desastrosos. O acordo não afastou a guerra, ele a aproximou mais ainda", disse o líder israelense em entrevista realizada nesta terça-feira, 8.

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Segundo Netanyahu, o acordo fez com que o Irã se tornasse um país mais agressivo, o que se refletiria em todo o Oriente Médio, principalmente na Síria, onde, segundo o premiê, o país persa estaria construindo bases militares para atacar Israel. As declarações foram feitas minutos depois de Trump anunciar sua decisão na Casa Branca.

Ferrenho opositor do acordo nuclear com o Irã, Netanyahu fez pronunciamento para manifestar apoio à decisão de Trump de deixar o pacto Foto: AFP PHOTO / THOMAS COEX

O premiê israelense ainda afirmou que o acordo não impediu que o Irã fabricasse mísseis balísticos a fim de carregar armas nucleares, o que é um "desastre para a paz no mundo".

Desde 2015, quando o pacto nuclear foi firmado, o líder israelense se colocou na oposição de todas as potências chamando o acordo de "erro histórico".  Na semana passada ele reiterou sua posição e apresentou o que disse provar que Teerã mentiu sobre sua intenção de desenvolver armas nucleares ao negociar com as potências.

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Tensão

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Na tarde desta terça-feira, o Exército de Israel ativou seus sistemas de defesa na Colina de Golan, no nordeste do país, por conta de supostas "atividades irregulares das forças iranianas" na Síria.

Tropas isralenses estão em "alerta elevado" para um possível ataque na região. O local é emblemático e remonta um histórico conflito entre Israel e Síria, potencializado pelos recentes ataques realizados por Israel contra soldados iranianos no país vizinho. / REUTERS, EFE e ANSA

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