JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu emitiu um comunicado pedindo que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, continue com 'boas e sinceras' negociações de paz com Israel, após o fim da moratória na expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia.Veja também:Infográfico: As fronteiras da guerra no Oriente MédioLinha do tempo Idas e vindas das negociações Enquete: Qual a melhor solução para o conflito?
De acordo com Netanyahu, a paz ainda pode ser alcançada dentro de um ano. O congelamento de dez meses acabou às 19h (horário de Brasília).
À tarde, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton telefonou para Netanyahu, informou o departamento de Estado. O conteúdo da conversa não foi divulgado. Segundo o porta-voz P.J. Crowley, a pressão para a continuação das negociações prossegue.O congelamento ganhou importância nas últimas semanas devido à retomada nas negociações de paz entre israelenses e palestinos. Israelenses dizem que as construções serão retomadas. Os palestinos ameaçam abandonar as negociações se isto acontecer. Os EUA, fiadores do processo de paz, defendem uma prorrogação.
Netanyahu pede calma
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu aos colonos judeus que atuem com moderação depois do fim da moratória para construção de assentamentos. "O primeiro-ministro faz um chamado a todos os residentes da Judeia e Samaria (Cisjordânia) e aos partidos políticos que adotem moderação e responsabilidade hoje e no futuro, exatamente como exibiram moderação e responsabilidade durante os meses da moratória", afirmou um comunicado oficial.A declaração foi dada horas antes de uma cerimônia para a colocação da primeira pedra em um assentamento da Cisjordânia para marcar o fim de dez meses de uma moratória parcial para a construção de novas casas.
Abbas ameaçaO presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, ameaçou abandonar as negociações caso as construções sejam retomadas."É a paz ou os assentamentos", disse Abbas após um encontro com escritores e intelectuais judeus em Paris. "Se é paz, então é hora de conversar. Se Israel não escolher isso, será uma perda de tempo e de oportunidades", disse.
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Com AP e Reuters
Atualizada às 19h30