18 de julho de 2012 | 14h10
Texto atualizado às 16h16
JERUSALÉM - O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira, 18, que a explosão na Bulgária contra um ônibus com turistas israelenses é responsabilidade do Irã. Ao culpar o regime de Teerã, Netanyahu disse, segundo o jornal israelense Haaretz, que o país vai dar uma "resposta contundente" contra o terrorismo da nação persa.
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"Todos os sinais apontam para o Irã", disse o premiê israelense. "Nos últimos meses, vimos tentativas do Irã de atacar israelenses na Tailância, Índia, Geórgia, Quênia, Chipre e outros países", afirmou Netanyahu, que mencionou ainda o ataque ocorrido contra a sede de uma organização judaica de Buenos Aires, na Argentina, a Amia. "Há exatos 18 anos, um ataque horrendo contra a comunidade judaica argentina ocorreu".
Reações
Os Estados Unidos condenaram o ataque ocorrido na Bulgária. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que Washington "condena esse tipo de ataques contra pessoas inocentes, sobretudo crianças, nos termos mais fortes", segundo a AFP.
Segundo a agência de notícias búlgara Focus, entre os feridos há uma menina israelense de 11 anos, além de duas mulheres grávidas. Os feridos foram levados ao hospital local. No Twitter, a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, chamou o ataque de "ultrajante, um ato de covardia suprema".
Comunidade judaica
Em um comunicado, o Congresso Judaico Latino Americano também condenou o ataque na Bulgária. "No dia em que líderes judeus e parlamentares da América Latina se reúnem para lembrar o aniversário do atentado à comunidade judaica em Buenos Aires, novamente somos golpeados pelo terror", diz a nota, assinada pelo presidente da entidade, Jack Terpins.
"Tal como o expressaram os 40 parlamentares de nove países, que 'rechaçam o terror e pedem que a justiça alcance os responsáveis', pedimos o mesmo e solidarizamo-nos com os amigos e familiares das vítimas".
Também em nota, o Parlamento Judaico Europeu (EJP na sigla em inglês) condenou o ataque, "que demonstra a ameaça constante de organizações terroristas a israelenses e judeus, onde quer que estejam, apenas por conta de sua origem".
Com AFP
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