Netanyahu teme que Egito se torne 'um novo Irã'

Israel permite presença de militares egípcios na península do Sinai.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Netanyahu diz acompanhar os eventos no Egito com preocupação O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira temer que o Egito possa adotar um regime político similar ao do Irã em decorrência das atuais manifestações contra o governo. "Nosso medo é uma situação que possa se desenvolver e que já de fato evoluiu em vários países, como no caso do Irã, para regimes repressivos do Islã radical", disse ele. O líder israelense disse esperar que o tratado de paz entre Egito e israel, assinado em 1979, seja mantido na eventualidade de um novo regime. "Estamos todos acompanhando, com preocupação e esperança, que a paz e a estabilidade sejam preservadas", afirmou. Ele disse que, embora os atuais protestos egípcios não tenham sido motivados por extremismo religioso, "em situações de caos, uma instituição islâmica organizada pode buscar alcançar o controle de um país". "Isso aconteceu no Irã. Pode acontecer em outros países", completou Netanyahu. Sinai Nesta segunda-feira, Israel permitiu que o Egito envie cerca de 800 soldados à Península do Sinai, para reforçar a segurança em locais como o balneário de Sharm el-Sheikh. O Sinai foi capturado do Egito por Israel no conflito de 1967 e saiu totalmente da península em 1982, após o tratado de paz entre os dois países de 79, com a condição de que o país árabe não enviasse militares para a região, deixando a segurança a cargo de policiais. O Egito foi o primeiro país árabe a reconhecer e assinar um acordo de paz com Israel. A Jordânia se seguiu em 1994. Ainda nesta segunda-feira, Netanyahu convocou em caráter especial uma reunião do gabinete de segurança para discutir os acontecimentos no Egito. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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