21 de agosto de 2010 | 19h41
Apesar de construir sua carreira política como um porta-voz crítico das negociações de paz realizadas por seus antecessores, Netanyahu tem sido extremamente pragmático nas conversas com o partido moderado palestino na Cisjordânia. Ele também fez uma série de concessões diante da pressão do governo norte-americano, tradicional aliado de Israel.
Logo após sua reeleição um ano atrás, o primeiro ministro retirou dezenas de bases militares na Cisjordânia. Além de acabar com as restrições às viagens pela região, o que era classificado por Israel como medida de segurança, depois de uma década de violência, o que trouxe certo alívio e um pequeno movimento de desenvolvimento econômico em território palestino.
No ano passado, Netanyahu endossou o conceito de Estado Palestino e depois reduziu o ritmo de construção de casas em assentamentos judeus na Cisjordânia e no começo deste ano, ele também congelou o desenvolvimento de novas áreas judias à leste de Jerusalém, medidas considerada impraticáveis há um ano. Mesmo assim, os obstáculos são enormes até que se chegue a um acordo. Netanyahu já afirmou que não irá desistir do leste de Jerusalém e não sinalizou com a possibilidade de retirar os mais de 200 mil judeus que hoje vivem em assentamentos, em meio a áreas onde estão mais de 2,4 milhões de palestinos, mas que são controladas pelos militares israelenses.
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