Nicos Anastasiades é reeleito presidente do Chipre

Veterano político conservador derrotou o candidato da esquerda, Stavros Malas; cerca de 74% dos eleitores foram às urnas

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NICÓSIA - O presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, foi reeleito, com 56% dos votos, derrotando no segundo turno o candidato da esquerda, Stavros Malas, que ficou com 44%. A emissora estatal RIK informou que Malas telefonou para Anastasiades e reconheceu a derrota cerca de uma hora após o fechamento das urnas - quando metade dos votos havia sido contabilizada.

Nicos Anastasiades disse que usará sua experiência para manter a economia crescendo e continuar buscando um acordo de reunificação com a República Turca de Chipre do Norte Foto: Petros Karadjias/AP

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Cerca de 74% dos eleitores votaram neste domingo, 4, uma participação um pouco maior do que a observada no primeiro turno, na semana passada, mas 7% abaixo da registrada na eleição de 2013.

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É a segunda vez consecutiva que Anastasiades, um veterano político conservador, vence uma disputa direta com Malas pela Presidência da ilha etnicamente dividida.

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Malas fez campanha como o candidato que traria mudanças para um sistema político cansado a um público que viu seus salários se reduzirem, após uma forte crise econômica. Mas os eleitores pareciam prestar mais atenção à mensagem da campanha do oponente histórico, que culpou as políticas econômicas de esquerda, de administrações anteriores, de levar Chipre para perto da bancarrota.

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Anastasiades disse que usaria sua experiência para manter a economia crescendo e continuar buscando um acordo de reunificação com a República Turca de Chipre do Norte.

Chipre foi dividido em um sul cipriota grego, reconhecido internacionalmente, e um nordeste turcochipriota em 1974, quando a Turquia invadiu a ilha, após um golpe de Estado realizado por apoiadores da união com a Grécia. Apenas a Turquia reconhece a declaração de independência turcochipriota e mantém mais de 35 mil soldados no norte da ilha.

Os eleitores continuam céticos sobre a possibilidade de um acordo de reunificação. A última rodada de negociações, realizada na Suíça, em julho passado, entrou em colapso, com ambos os lados acusando-se mutuamente como responsável pelo fracasso./AP

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