16 de julho de 2010 | 14h30
A polícia da Nigéria confiscou nesta sexta-feira o passaporte de quatro integrantes da Federação de Futebol do país após o mau desempenho da equipe na Copa do Mundo da África do Sul.
Os quatro integrantes, que já haviam sido demitidos após o Mundial, estão sendo acusados de irregularidades a respeito de gastos de mais de US$ 8 milhões na preparação para o torneio.
A eliminação da Nigéria na primeira fase, sem uma única vitória, causou revolta no país.
Segundo a correspondente da BBC em Lagos, Caroline Duffield, o fato de a investigação estar sendo conduzida pessoalmente pelo chefe da polícia de crimes financeiros especiais, Farida Waziri, mostra o quanto o assunto é delicado no país.
"Vamos chegar à raiz do problema. Qualquer um considerado culpável será indiciado", disse um porta-voz da polícia à BBC.
Sequestro
O ex-presidente da Federação de Futebol da Nigéria Sani Lulu, demitido após o Mundial, vem se recusando a falar com a imprensa.
A família de Lulu diz que sua mãe foi sequestrada no início da semana e os criminosos estariam pedindo um resgate de US$ 1,7 milhão.
Na semana passada, surgiram relatos de que a Fifa foi alertada sobre o risco de corrupção em jogos da Nigéria na Copa, embora a organização tenha dito não ter encontrado evidências de irregularidades nos jogos.
Após a eliminação, o presidente da Nigéria, Jonathan Goodluck anunciou a retirada da equipe de competições internacionais por dois anos, "para arrumar a casa".
Mas a atitude foi criticada pela Fifa e o presidente desistiu da medida.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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