PUBLICIDADE

Nigéria diz que líder islamita foi morto a tiros

Por AE-AP
Atualização:

A violência cessou na manhã de hoje em Maiduguri, no norte da Nigéria, depois de sangrentos confrontos entre milicianos islâmicos e forças de segurança iniciados no fim de semana terem resultado na morte de centenas de pessoas na região, relatou um repórter da agência "France-Presse". No fim da tarde, um porta-voz do governo estadual de Borno disse que o líder da seita islamita responsabilizada pela rebelião foi morto a tiros enquanto estava sob custódia policial. O porta-voz do governo de Borno, Usman Chiroma, disse que viu o corpo no quartel da polícia. "Acho que a polícia atirou nele quando tentava fugir." A polícia anunciou no rádio que Mohammed Yusuf, líder da seita chamada de "Taleban nigeriano" foi morto a tiros.Poucas pessoas circulavam pelas ruas enquanto um helicóptero sobrevoava a cidade na manhã de hoje. Não eram ouvidos sons de tiros nem explosões. Chiroma disse que a situação está "sob controle" e que o toque de recolher foi levantado por duas horas. Os choques nos Estados de Borno, Bauchi, Kano e Yobe, todos no norte da Nigéria, provocaram a morte de mais de 600 pessoas desde o domingo, segundo policiais e testemunhas. De acordo com os relatos disponíveis, as forças nigerianas de segurança mataram o líder e cerca de 200 seguidores da seita somente durante o cerco a uma mesquita em Maiduguri. O exército nigeriano investiu contra a sede da seita durante toda a noite e pela manhã, quando os seguidores tentaram fugir da mesquita, os soldados abriram fogo, disseram testemunhas e fontes militares. O "Taleban nigeriano" surgiu em 2004, quando estabeleceu uma base em Kanamma, no Estado Yobe, fronteira com Níger. Dali, o grupo passou a promover ataques contra a polícia. A maior parte da população do norte da Nigéria é muçulmana, mas há redutos cristãos nas principais cidades da região, o que causa tensão entre os dois grupos religiosos. Desde 1999, 12 Estados do norte nigeriano estabeleceram a Sharia, código de leis islâmico. Com informações da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.