
31 de dezembro de 2010 | 11h40
Segundo a polícia, a seita Boko Haram, que quer a imposição de leis islâmicas estritas na Nigéria, estava por trás da morte de ao menos 16 pessoas em três ataques ocorridos nesta semana em Maiduguri, capital do estado de Borno.
"A polícia em Borno prendeu 92 supostos membros da Boko Haram, incluindo seus financiadores, e levou-os ao quartel da força policial em Abuja para interrogação e instauração de processo", disse o porta-voz Abubaker Abdullahi.
A seita também alegou responsabilidade pelos bombardeios da véspera de Natal na cidade central nigeriana de Jos, ataque que matou ao menos 80 pessoas, deixando mais de 100 feridos.
O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, espera que a polícia aumente a segurança do país enquanto ele disputa as primárias do partido governista em janeiro, que devem ser as mais difíceis em mais de uma década.
Uma crise de segurança seria desfavorável para Jonathan, pois qualquer conflito pode ser usado por rivais para prejudicar sua credibilidade.
A seita Boko Haram, cujo nome significa "educação ocidental pecadora" na língua Hausa falada no nordeste nigeriano, é inspirado no movimento talibã do Afeganistão.
Centenas de pessoas morreram em conflitos religiosos e étnicos durante o começo do ano na região central da Nigéria, onde o norte muçulmano encontra o sul predominantemente cristão.
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