PUBLICIDADE

Nigéria promete pôr fim à pena de morte por apedrejamento

Por Agencia Estado
Atualização:

Na tentativa de reparar a imagem do país diante da comunidade internacional, a Nigéria prometeu no sábado pôr fim à pena de morte por apedrejamento. A sentença, aplicada segundo a "sharia" (lei islâmica) em casos de adultério, foi alvo de protesto. O auge da críticas ocorreu quando candidatas do concurso de miss, a ser realizado no país em dezembro, resolveram boicotar o evento. "Nenhuma pessoa deve ser condenada à morte por apedrejamento na Nigéria", diz o documento divulgado ontem, véspera da chegada das candidatas ao país. Assinado pelo vice-ministro do Exterior, Dubem Onyia, o texto afirma que o governo usará "poderes constitucionais para frustrar qualquer sentença lesiva às pessoas". No norte da Nigéria, vigora a "sharia", lei baseada no alcorão. Os protestos contra as penas de morte por apedrejamento dadas a Safiya Hussaini e Amina Lawal obrigaram o governo a rever sua posição de não interferir na aplicação da "sharia", assunto politicamente delicado. As duas tiveram um filho fora do casamento e são acusadas de adultério. Elas alegam que já estavam separadas quando a criança nasceu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.