29 de janeiro de 2013 | 21h37
O xeique Abu Mohammed Ibn Abdulazeez, que segundo as forças de segurança é um comandante da Boko Haram, pediu aos membros da seita na segunda-feira para interromper os ataques que mataram centenas de pessoas desde que lançou uma revolta por um Estado islâmico na Nigéria em 2009.
Mas não estava imediatamente claro se Abdulazeez falava em nome do líder da Boko Haram, Abubakar Shekau, que nem apoiou nem denunciou publicamente o comandante, que também pediu diálogo duas vezes em novembro do ano passado.
Em comunicado a jornalistas em Maiduguri, a sede da seita, Abdulazeez pediu reciprocidade das forças de segurança.
As dúvidas sobre a autoridade de Abdulazeez elevaram as questões sobre possíveis brechas dentro do movimento secreto militante. Ele pode representar apenas uma facção da Boko Haram.
"É um bom passo para a Boko Haram se mover na direção certa. Queremos que isso se torne uma coisa abrangente, em vez de apenas uma facção", disse o porta-voz da presidência Doyin Okupe em entrevista coletiva na capital nigeriana Abuja.
"Tenho certeza de que o governo vai discutir (essa decisão), uma vez que se verificou que é genuína, que é sincera."
(Reportagem de Ibrahim Mshelizza, em Maiduguri; e de Joe Brock, em Abuja)
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