Ninguém assumiu responsabilidade pelo ataque suicida mais duro contra forças militares do Paquistão, no qual 42 militares morreram e 20 ficaram feridos após um homem avançar contra soldados e se explodir. Contudo, suspeitas imediatamente foram direcionadas a militantes pró-Taleban que prometeram vingar um ataque aéreo paquistanês a uma escola religiosa muçulmana que resultou na morte de pelo menos 83 pessoas. Islamabad alega que a escola abrigava uma base de treinamento para terroristas. O Paquistão é aliado dos EUA na chamada "guerra contra o terror". Contrariando informações anteriores, a Associated Press confirmou que cerca de 200 soldados estavam fazendo exercício quando o homem se aproximou, e não 400 conforme relatou a agência de notícias EFE. O atentado ocorreu na cidade de Dargai, a 100 quilômetros de Pashawar, capital da Fronteira Nordeste do País. "Um homem envolvido em uma bata veio correndo para dentro da área de treinamento e se explodiu quando recrutas se reuniram para o treinamento", disse um depoimento militar nesta quarta-feira. O total de mortos e feridos foi anunciado pelo ministro da informação Mohammed Ali Durrani. O Exército disse que alguns dos feridos estavam em estado grave. Dargai é considerada uma fortaleza da facção ilegal Islâmicos de Tehrik-e-Nifaz-e-Shariat Mohammadi, cujo líder fugitivo, Faqir Mohammed, tinha estreitas relações com o vice líder da Al-Qaeda Ayman al-Zawahri. Hafiz Hussain Ahmed, um legislador local da Mutahida Majlis-e-Amal, uma coalizão islâmica radical crítica à cooperação militar do Paquistão com os EUA, disse estar triste com as mortes desta quarta em Dargai, mas criticou o governo por fomentar a carnificina. "O governo deve ser culpado pelas mortes de hoje (dia 8). Se você matou alunos e professores inocentes ao atacar uma escola, você deve estar pronto para enfrentar tais atos" disse ele. "As pessoas não vão mandar flores se você matou crianças".