No 4º aniversário da guerra, Bush pede paciência com Iraque

Em discurso televisionado para marcar os quatro anos da invasão, presidente insistiu na necessidade de se manter o engajamento dos Estados Unidos no país árabe

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Por Agencia Estado
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O presidente dos Estados Unidos, George w. Bush, apelou por mais paciência em relação ao conflito do Iraque, alertando que o sucesso é possível, embora possa "levar meses, não dias ou semanas". A declaração vem num momento em que a oposição democrata no Congresso americano pressiona por uma lei que determine um "fim" para o conflito, que nesta semana entra em seu quinto ano. O pronunciamento do Bush, feito em cadeia nacional de televisão na manhã desta segunda-feira, 19, marca o quarto aniversário do início da invasão americana ao Iraque. Nesses quatro anos, a guerra mostrou-se mais dura e longa do que previram seus arquitetos, e consumiu mais dinheiro do que esperava a Casa Branca. Ainda assim, Bush insistiu ser necessário manter o engajamento dos EUA no país árabe. Bush afirmou ainda que seu plano de enviar mais 21,5 mil soldados adicionais para garantir a segurança em Bagdá e na província de Anbar "precisará de mais tempo para dar resultados". E acrescentou: "Haverão bons e maus dias pela frente enquanto aplicamos o plano de segurança." Na Câmara dos Representantes (deputados), a oposição democrata que agora controla a Casa está preparando o debate de uma proposta de lei que atrelaria os fundos emergenciais para a guerra a fundos para financiar a retirada em dezembro de 2008. Bush criticou esses esforços, e ameaçou vetar a lei. O presidente recusa-se a fixar um cronograma para retirada de tropas dos EUA, dizendo que esse movimento vai depender dos comandantes no Iraque e da capacidade das forças do país árabe de garantir a segurança sozinhas. "Pode ser tentador olhar para os desafios no Iraque e concluir que nossa melhor opção é fazer as malas e voltar para casa", disse Bush durante seu pronunciamento nesta segunda. "Isso pode ser satisfatório no curto prazo. Mas eu acredito que as conseqüências para a segurança dos EUA podem ser devastadoras." O presidente afirmou ainda ter recebido notícias de avanços positivos no Iraque durante uma rápida conversa sobre a situação da guerra com o Conselho Nacional de Segurança. Além disso, o presidente participou de uma videoconferência com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki.

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